A mobilidade na cidade e província de Maputo está seriamente comprometida desde as primeiras horas desta segunda-feira devido à paralisação de várias rotas de transporte semi-colectivo de passageiros. A greve dos populares “chapeiros” afetou diretamente milhares de trabalhadores e estudantes que dependem desse serviço para se deslocarem.
As rotas mais atingidas incluem Praça dos Combatentes/Anjo Voador, Magoanine, Patrice Lumumba/Nkobe, Matola-Gare/T-3 e Matola-Gare/Patrice Lumumba, onde a circulação encontra-se quase paralisada.
Segundo os operadores, os principais motivos da greve são a cobrança de taxas consideradas excessivas pelas autoridades e o mau estado das estradas, que, segundo eles, aumenta custos de manutenção e reduz a segurança das viagens.
“Estamos a trabalhar no prejuízo. Entre as taxas elevadas e buracos nas estradas, não conseguimos sustentar o negócio”, reclamou um motorista, que preferiu não se identificar.
A Federação Moçambicana das Associações dos Transportadores Rodoviários (FEMATRO) já confirmou que irá pronunciar-se ainda esta manhã sobre as reivindicações, podendo anunciar uma posição oficial e possíveis negociações com o governo para resolver o impasse.
Enquanto isso, nas paragens, longas filas se formam e muitos passageiros optam por alternativas como mototáxis ou mesmo caminhar longas distâncias para chegar ao destino.