A LAM – Linhas Aéreas de Moçambique prepara-se para um momento simbólico e estratégico na sua história recente: a receção, nesta quinta-feira, de uma aeronave completamente nova, a primeira de um pacote de oito aviões que a companhia pretende incorporar à frota até ao final de 2025.
A medida faz parte de um plano ambicioso de reestruturação e modernização da transportadora aérea nacional, que nos últimos anos tem enfrentado desafios operacionais, financeiros e de reputação.
O Presidente da Comissão de Gestão Executiva, Dane Kondić, assegurou que as restantes aeronaves chegarão de forma faseada, ao longo dos próximos meses, com o objetivo de melhorar a pontualidade, ampliar destinos e oferecer maior conforto aos passageiros.
“Este é um passo importante para dar nova dinâmica à LAM e reforçar o papel da companhia como símbolo nacional”, afirmou Kondić, sublinhando que o plano inclui não só a renovação da frota, mas também melhorias na experiência do cliente e na eficiência operacional.
Apesar do clima de otimismo com a expansão da frota, a LAM enfrenta ventos contrários no campo jurídico. A empresa vai recorrer da decisão da Autoridade Reguladora da Concorrência (ARC), que lhe impôs uma multa superior a 11 milhões de meticais.
Kondić, no entanto, nega irregularidades e afirma que a LAM irá contestar a decisão em tribunal, defendendo que a empresa agiu dentro da legalidade e que todas as tarifas aplicadas estão em conformidade com regulamentos nacionais e internacionais.
A chegada de novas aeronaves representa não apenas um investimento em infraestrutura, mas também um esforço para recuperar a confiança dos clientes e a competitividade no mercado.
Com o primeiro avião prestes a aterrar e o recurso judicial em preparação, a LAM vive um momento decisivo: equilibrar a expansão e modernização com a necessidade de blindar a reputação e evitar que questões legais criem turbulências na sua nova rota de crescimento.