A Administração Nacional de Estradas (ANE) revelou que não dispõe de fundos para intervir na cratera de proporções alarmantes que ameaça cortar a Estrada Nacional Número Um (EN1), principal via que liga a cidade de Pemba ao resto da província de Cabo Delgado e ao país.
A cratera, situada a menos de dois metros do asfalto da EN1, tem impressionantes quase 50 metros de profundidade e mais de 500 metros de extensão, tornando-se um perigo real e iminente não só para a circulação rodoviária, mas também para as habitações nas proximidades.
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Apesar da gravidade da situação, a ANE afirma que já dispõe de um projecto técnico de contenção da erosão. No entanto, a ausência de financiamento tem travado qualquer avanço nas obras de intervenção.
A cratera está localizada a menos de 10 quilómetros do final da EN1, e o risco de colapso da estrada é elevado, principalmente durante a época chuvosa. Caso a via venha a ser cortada, Pemba poderá ficar parcialmente isolada por via terrestre, com implicações sérias no transporte de pessoas, mercadorias, assistência humanitária e evacuação de emergência.
Além disso, um número indeterminado de casas localizadas nas imediações da erosão está igualmente sob ameaça, o que poderá forçar o deslocamento de dezenas de famílias.
Moradores da zona, já em estado de alerta, apelam por intervenção urgente do Governo central, parceiros de cooperação e organizações internacionais. Enquanto que especialistas alertam que a chegada da estação chuvosa poderá agravar ainda mais a situação, acelerando o avanço da erosão e tornando mais complexa e cara qualquer intervenção futura.
Com o país a enfrentar múltiplos desafios de infraestrutura, esta é mais uma emergência que expõe as limitações orçamentárias do setor rodoviário em Moçambique. Enquanto isso, milhares de cidadãos que dependem da EN1 vivem dias de incerteza e preocupação.
A ANE continua a procurar apoio financeiro para avançar com a obra, enquanto a população aguarda por soluções concretas antes que o pior aconteça.
